2/28/2007

O Preço dos Carros Deve Diminuir


O título acima é uma provocação, é óbvio. Mas é uma conclusão lógica, um possível corolário do que vem acontecendo nessa península em forma de bota. Todo inverno é a mesma coisa: trânsito proibido, em dias alternados, nas cidades com maior concentração de veículos, o que me lembra o rodízio no centro de São Paulo.

Nesse último domingo, 25 de Fevereiro, as cidades do norte da Itália proibiram o trânsito de automóveis, à exceção dos movidos a gás, bio diesel e os carros da classe Euro 4, que possuem filtros anti-poluentes de última geração. Um dia para refletir a , de bicicleta ou utilizando o transporte coletivo. Apesar das críticas (poucas), o cidadão comum aprova esse tipo de iniciativa, que ocorre com uma certa frequência neste período do ano.

No centro de Piacenza, durante todo o ano é proibido o trânsito de veículos velhos que não se adequaram às normas ambientais. Ou seja, todo automóvel fabricado antes de 2004. Na quinta-feira o bloco do trânsito é total, das 08.30 às 18.30 h. Quem prefere usar o automóvel particular deve estar pronto a arcar com os custos adicionais pela poluição causada. Como o preço de um carro pequeno gira em torno dos dez mil euros, o cidadão deve considerar a possibilidade de ter que desembolsar uns euros a mais em novos equipamentos, que eventualmente se tornassem obrigatórios. Além disso, deve levar em conta a normal desvalorização do veículo, que perde algo como 70% do valor original em apenas quatro anos.

Fazendo bem as contas, não vale a pena ter um carro onde a opção de transporte coletivo satisfaz as necessidades de deslocamento, o que nem sempre acontece no país dos vilarejos. A rede ferroviária cobre todo o país e o metrô nas grandes cidades possibilita a locomoção de forma satisfatória. Viajar de trem e alugar um carro no destino é uma opção a ser levada a sério, considerando o caos nas estradas, o preço da gasolina (± € 1,35), pedágio, estacionamentos, ticket para entrar em algumas cidades e o risco de não poder rodar com o carro. Mas quando o destino é o vilarejo vizinho o automóvel pode ser a única solução.

A diferença entre o rodízio de São Paulo e bloco daqui é que em São Paulo muita gente acaba comprando um segundo carro de menor valor para rodar nos outros dias (para quem não sabe, o rodízio no centro de São Paulo exclui placas pares ou ímpares, dependendo do dia). Aqui não tem como escapar. Aliás, tem: basta ter um carro novo, que não custa pouco. Assim, o título deste post é, na realidade, uma esperança. Não a esperança de que os preços dos carros diminuam, mas a esperança de uma coletiva consciência ambiental que não se importe com os carros ou seus preços. E como a esperança é verde

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2/27/2007

Choro da Castanheira

Recebi por e-mail o pedido de uma amiga: vote neste artigo - O Choro da Castanheira.
Claro que imediatamente fui ler a história, né? É um concurso da Central de Intercâmbio com pequenos depoimentos de viagem.
O depoimento da Carolina Tannure é contundente. Vejam só:

Estrada de Rio Branco a Xapuri – Acre, dezembro de 2006.

Ao abrir os olhos, a densa floresta desaparecia. Ao longo da planície desmatada, permanecia imponente uma solitária Castanheira. Ao indagar-me com perplexidade, deparei-me com a triste realidade sussurrada aos ouvidos: é o homem... sua ignorância e brutalidade é a causa de tal atrocidade. Explico-lhes: tendo sido decretada por lei a proibição da derrubada de Castanheiras na Amazônia, o pecuarista, bolsos cheios, mente vazia e sensibilidade rara, desmata tudo ao seu redor, deixando solitária a Castanheira. Será que ninguém disse a ele que a natureza, tal qual o homem parte dela, também teme a solidão? Não lhe ocorreu que ao presenciar a morte de todas aquelas vidas à sua volta, a Castanheira, brava seiva correndo, pereceria lenta e gradativamente sem mais aconchegante verde? Então lhes digo eu! A Castanheira está chorando porque há de morrer solitária, seus bois nenhuma sombra hão de ter e àqueles que fecham os olhos para sua desgraça, carne seca hão de comer.

E assim a estrada me levou, não apenas a Xapuri de Chico Mendes, mas à consciência reflexiva já tão extinta nos homens quanto a floresta na Amazônia.
Se gostou, entre lá no site do concurso e vote neste texto.

Apoios para Dra. Anunciada

A Denise replicou o post aí embaixo no seu blog e um leitor seu mandou contatos importantes para a dra. Anunciada. Assim é a blogosfera: se une em torno do que realmente interessa.

2/26/2007

Arte para a vida

A médica Maria Anunciada Salomão, 58, vive em João Pessoa, na Paraíba. Aposentada, ela não sossega. Dedica dias, noites, sonhos e recursos ao projeto Arte para a Vida.
Anunciada chegou até o Faça a sua parte através da entrevista publicada hoje no Blog do Planeta. Que bom encontro! Afinal, ela trabalha conceitos de saúde preventiva com população de risco social. Saúde do adolescente, saúde do trabalhador e saúde do idoso são apresentadas ao público. Com um grupo de teatro e palestras, eles tentam ensinar sua "audiência" a cuidar tanto da saúde como do meio ambiente.
O Faça a Sua Parte vai acompanhar de pertinho o trabalho da dra. Maria Anunciada lá em João Pessoa.

E pensar que jogamos este "lixo" fora há anos...

O uso do material reciclado já é uma realidade na vida de muitos bancos e grandes empresas, tanto em suas operações internas, quanto externas. Mas, além do papel reciclado, há tantos outros materiais que são jogados fora e que podem ser transformados em coisas maravilhosas como estas que selecionei abaixo:

Piso de borracha reaproveitada

piso chupeta

Foto: divulgação

A indústria farmacêutica tem endereço certo para mandar o refugo de borracha da produção de chupetas. Não são os aterros, mas sim a empresa Brasibor, que, com as sobras, desenvolve pisos atóxicos, autotravantes e antiderrapantes, ideais para playgrounds. São placas de 33 x 25 cm e 20 cm de espessura.

Carpete de milho

carpete milho

Foto: Leonardo Costa/MCA Estúdio

No lugar do náilon (derivado do petróleo), amido de milho. Assim é o carpete das novas coleções da americana Interface. Disponível em placas de 50 x 50 cm, é instalado com adesivo à base de água. O fabricante adota energia solar e biogás na produção, e ainda consome pouca água e matéria-prima. Isso porque o produto leva até 58% de material reciclado - carpetes velhos que a própria empresa coleta de seus consumidores.

E olha o coco...

coco

Foto: divulgação

Ideal para revestir paredes e pisos internos, bancadas e até móveis, os pastilhados Ekobe, feitos da casca do coco, ganharam nova opção de cor. A pastilha clareada corresponde à parte interna da casca e é resultado de um processo químico que, segundo o fabricante, não gera resíduos no meio ambiente. Em Maceió, a Ecom compra a matéria-prima de indústrias alimentícias da região. Processada, a casca da fruta vira pastilhas, que são montadas em placas flexíveis de 42 x 42 cm e 42 x 84 cm. A aplicação é simples, com cola branca e ferramentas de marcenaria, e a limpeza pede apenas pano úmido.

Fibras de banana na parede

banana

Foto: Leonardo Costa/MCA Estúdio

Refugo da agroindústria da banana, água e cinzas vegetais prensados com resina de mamona resultam no revestimento BananaPlac. As placas de 75 x 50 x 0,8 cm aceitam tingimento. Já o compensado de pupunha (placas escuras), premiado no Fórum Industrial de Hannover, na Alemanha, é obtido do tronco da respectiva árvore. Ambos os materiais resultam de pesquisas da Escola Superior de Desenho Industrial, do Rio de Janeiro, e são produzidos pela Fibra Design Sustentável.


Não são lindos?

Então, vale ou não vale a pena reaproveitar os materias descartáveis? Se continuarmos acreditando e fazendo nossa parte, um dia estaremos separando vidro verde, vidro preto, vidro azul, sapatos, roupas, lâmpadas, chupetas, e o que mais se possa imaginar, cada um em seu local específico, com destino certo, não para um lixão ou aterro, mas para indústrias ou projetos sociais que irão reutilizar, reciclar, reformar, reviver! Vamos separar nossos "lixos"!

Fonte: aqui

2/23/2007

Amazônia para sempre


Um grupo de artistas criou um manifesto estonteante para tentar brecar a devastação da floresta tropical. Amazônia para sempre.
Faça a sua parte e assine. Abaixo, o texto do manifesto, que será devidamente enviado ao Presidente da República quando houver o número necessário de assinaturas.

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA

Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.

Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.

Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.

Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:

"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"

Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!

É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.

SOMOS UM POVO DA FLORESTA!

Breve história no tempo - em seis atos

Ato I

"...e assim se fez. A terra produziu verdura: ervas que dão semente segundo sua espécie, árvores que dão, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era bom".

"Deus disse: Que a terra produza seres vivos segundo sua espécie: animais domésticos, répteis e feras segundo sua espécie e assim se fez, e Deus viu que isso era bom."

"Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança. Deus os abençoou e lhes disse:'Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a; dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que rastejam sobre a terra.

"Deus disse: Eu vos dou todas as ervas que dão semente, que estão sobre toda a superfície da terra, e todas as árvores que dão frutos que dão semente: isso será vosso alimento. A todas as feras, a todas as aves do céu, a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, Eu dou como alimento toda a verdura das plantas e assim se fez. Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia".(Genesis 1:12-31)


Ato II

"O homem tem a responsabilidade especial de preservar e administrar judiciosamente o patrimônio representado pela flora e fauna silvestres, bem assim como seu habitat, que se encontram atualmente em grave perigo, por uma combinação de fatores adversos". (Princípio 4 da Declaração de Estocolmo, Suécia 1972)


Ato III

"A humanidade se encontra em um momento de definição histórica. Defrontamos-nos com a perpetuação das disparidades existentes entre as nações e no interior delas, o agravamento da pobreza, da fome, das doenças e do analfabetismo, e com a deterioração contínua dos ecossistemas de que depende nosso bem-estar. Não obstante, caso se integrem as preocupações relativas a meio ambiente e desenvolvimento e a elas se dedique mais atenção, será possível satisfazer às necessidades básicas, elevar o nível da vida de todos, obter ecossistemas melhor protegidos e gerenciados e construir um futuro mais próspero e seguro. São metas que nação alguma pode atingir sozinha; juntos, porém, podemos - em uma associação mundial em prol do desenvolvimento sustentável." (Agenda 21, Rio 92)


Ato IV

"Most of the observed increase in globally averaged temperatures since the mid-20th century is very likely due to the observed increase in anthropogenic greenhouse gas concentrations. This is an advance since the TAR’s conclusion that “most of the observed warming over the last 50 years is likely to have been due to the increase in greenhouse gas concentrations”. (Climate Change 2007 - The IPCC 4th Assessment Report. Paris, 2007)




Ato V

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Ato VI

"E disse Yahweh: Farei desaparecer da superfície do solo os homens que criei - e com os homens os animais, os répteis e as aves do céu - porque me arrependo de os ter feito".(Genesis 6:7)


O quinto ato poderá mudar, ou não, o destino da humanidade! Qual será ele? Conseguiremos mudar a vontade de Yahweh?

2/20/2007

Eolo

Em Ciorlano, um lugarejo medieval na província de Caserta, deu-se início à construção da mais recente “fazenda de vento”. É assim que os habitantes da região Campania, no sul da Itália, chamam as centrais de produção de energia eólica.

A central energética contará com dez torres de aço de 80 metros e cada uma ocupará 150 metros quadrados de terreno. Cada moinho (ou rotor) medirá 72 metros de diâmetro e, juntos, produzirão 60 milhões de Kilowatt por ano, energia suficiente para abastecer uma cidade de 100 mil habitantes.

Para convencer os pouco mais de 500 moradores de Ciorlano, o prefeito organizou uma excursão a Albanella, na vizinha província de Salerno. Lá os ciorlani puderam constatar que os rotores de nova geração produzem pouco rumor e que os cabos que conduzem a energia à central são enterrados, o que reduz substancialmente as emissões eletromagnéticas. Com a nova usina, a Campania passará a contar com 216 fazendas de vento, sendo a região italiana que mais investe nesse tipo de energia alternativa.

A WWF italiana e a Legambiente assinaram um protocolo com a associação dos produtores de energia eólica, para garantir que nenhuma instalação virá a ser construída nas rotas dos pássaros migratórios, as maiores vítimas desse tipo de usina. O prefeito de Ciorlano, o médico Silvio Vendettuoli, tem em mãos um estudo da Universidad de Madrid, que registrou 7250 pássaros mortos por 400 torres eólicas instaladas em Salajones, Izco, Alaiz, Guerinda e El Perdon, na Espanha.

Assim como as usinas hidroelétricas, as fazendas de vento também são consideradas fontes alternativas limpas, por não produzirem resíduos poluentes. Isso permite à empresa de energia a vender a eletricidade ao concessionário público local e à rede nacional, que são obrigadas a produzir a partir de fontes renováveis parte da energia gerada.

Apesar do impacto ambiental inicial e das consequências à fauna e flora, a energia eólica não produz resíduos tóxicos nem contribui para o aquecimento global. Integrado aos incentivos ficais que o governo italiano oferece para implantar projetos individuais de energia alternativa, as fazendas de vento são a solução às empresas e residências já existentes, oferecendo a possibilidade de reduzir o consumo de combustíveis fósseis não apenas a novos projetos, mas de mudar a situação existente.

Ao que parece, a região Campania está disposta a transformar essa história de fontes renováveis de energia em algo mais que simples palavras ao vento.


Via Diario.
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2/19/2007

Município do Rio de Janeiro na luta contra o aquecimento global

Foi lançado o Protocolo de Intenções do Rio, com o qual a Prefeitura se compromete a unir esforços com governos, empresas e sociedade civil contra o aquecimento global.

Podemos definir o PROTOCOLO como a arte da determinação e o estabelecimento das normas essenciais para a execução eficaz de toda atividade humana, social, oficial e relevante. A sociabilidade deve ser realizada na sociedade humana com a ação e participação de duas ou mais pessoas. Sua realização deve ser uma atividade oficial, isto é, que seja conseqüência da ação do Estado, em qualquer de suas áreas ou níveis. Deve ser levada a efeito, portanto, no seio da estrutura do Estado. Sua relevância deve ser importante, pois uma atividade humana que, tendo as duas características anteriores, não alcance um nível mínimo de relevância, não pode ser objeto do PROTOCOLO.

Faz parte do Protocolo um conjunto de ações iniciais a serem implementadas no qual o setor de transportes é um dos pontos prioritários para reduzir a emissão de gases, com propostas que incluem criar redes de integração formadas pela Supervia (trens) e o Metrô e racionalizar o serviço de ônibus.Outras medidas previstas são o aumento da cobertura florestal da cidade, com a ampliação em 10% ao ano das áreas de reflorestamento – o que representa cerca de 1,2 milhão de mudas plantadas por ano –, e o incremento da arborização nas áreas públicas, com a meta de plantar 25 mil árvores por ano, sobretudo na Zona Norte.

Ainda de acordo com o documento, será enviado ao Governo Federal o pedido para que a cidade sedie a Conferência da ONU sobre Mudança Global do Clima, prevista para acontecer na América Latina em 2009. A íntegra do Protocolo de Intenções está no Diário Oficial do Município, e pode ser consultada pela Internet http://www.rio.rj.gov.br/dorio, no DECRETO N.º 27595 DE 14 DE FEVEREIRO DE 2007.

Veja alguns objetivos do Protocolo:

1 - Apoiar e participar da mobilização da sociedade carioca na luta contra o Aquecimento Global;
2 - Promover a consciência cidadã e a difusão do conhecimento sobre o aquecimento global, com ênfase na rede escolar, nas crianças e em debates comunitários;
3 - Ampliar o conhecimento dos impactos e conseqüências do Aquecimento Global sobre a cidade do Rio de Janeiro;
4 - Promover ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que ocorrem na cidade ou que contribuem para o seqüestro de carbono da atmosfera;
5 - Apoiar iniciativas e projetos, públicos e privados, que favoreçam a obtenção de recursos através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
8 - Encaminhar ao Governo Federal o pleito da cidade do Rio de Janeiro para sediar a Conferência das Partes (reunião da ONU) sobre Mudança Global do Clima em 2009, previsto para a América Latina;

As ações iniciais da Prefeitura da cidade

1- Incluir na comemoração do bicentenário da chegada de D. João VI ao Brasil um seminário denominado “Rio - os próximos 200 anos”, cujo tema será o impacto do Aquecimento Global sobre a cidade do Rio de Janeiro e ações de planejamento e mitigação;
2- Implementar Programa de Educação Ambiental sobre o Aquecimento Global para a rede escolar e disponibilizar material didático para a sociedade em geral;
3- Aumentar a cobertura florestal da cidade, através da ampliação em 10% ao ano das áreas de Reflorestamento, o que equivale ao plantio de 1.200.000 mudas/ano;
4- Ampliar a arborização das ruas, praças e parques urbanos, alcançando a meta de 25.000 árvores/ano;
5- Implantar o projeto "Usina Verde" para o aproveitamento dos resíduos de poda, possibilitando a utilização de aproximadamente 9.000 m³ de madeira nobre e transformando o restante, 50.000m³, em substrato orgânico;
6 – Criar uma rede estrutural de transporte, formada pela SUPERVIA, METRÔ e corredores segregados de ônibus de Alta Capacidade; criar uma rede de Média Capacidade, formada de corredores de ônibus circulando em faixas seletivas; criar uma rede de distribuição composta por microônibus e vans. Integrando todas as modalidades de transporte será possível adequar a demanda à oferta, eliminar a superposição das linhas de ônibus com os trens, metrô, os próprios ônibus e vans. Diminuindo o excesso de ônibus em circulação no Município haverá grande redução da emissão de gases que contribuem para agravar o efeito estufa.
7 - Constituir Grupo de Trabalho Intersetorial com a finalidade de avaliar e apoiar a utilização de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo no Município do Rio de Janeiro;
8 - Incluir no saneamento da Zona Oeste, assumido pela Prefeitura em convênio com o Governo do Estado, o estudo das emissões de gases de efeito estufa e de ações que possam minimizá-las.
9 - Criar grupo de trabalho na Secretaria Municipal de Urbanismo com o objetivo de incorporar a variável mudança climática ao Plano Diretor em tramitação na Câmara de Vereadores e examinar adaptações da legislação.
10 - Instituir o Dia Carioca de Mobilização contra o Aquecimento Global, com ênfase na participação da rede escolar e no apoio a iniciativas da sociedade civil.
11 - Instalar, na Cidade das Crianças, sala didática sobre Aquecimento Global, cuja administração ficará sob responsabilidade do Planetário da Cidade;
12 - Encaminhar ao Governo Federal a disposição do Rio para sediar a 15ª Conferência das Partes da Convenção Quadro sobre Mudança Global do Clima da Organização das Nações Unidas de 2009, prevista para ser realizada na América Latina.


Esperamos que o povo carioca cobre dos responsáveis o cumprimento dessas medidas e que colabore fazendo a sua parte. Precisamos de ações como essa, sim. Mas, que saiam do papel, e se transformem em ações práticas. Isso depende de todos.
imagem Google

2/18/2007

Mi illumino di meno

Faço minha tímida estréia no blog. Espero poder contribuir com minha parte.


Na ultima sexta feira foi dado mais um passo no sentido de sensibilizar a opinião publica italiana à questão ambiental. Pela iniciativa de meus “amigos” Cirri e Solibello, condutores de um famoso programa da radio 2 da Rai, “Caterpillar”, milhares de cidadãos e empresas de toda a Itália, apagaram simbolicamente as luzes e aparelhos elétricos. A promoção chamada “Mi illumino di meno” contou neste que é o seu terceiro ano, com não somente o apoio, mas também a adesão das mais altas instituições da república, incluindo a presidência. Palácios como o próprio presidencial, monumentos tais como Coliseu e Torre de Pisa, por vários minutos permaneceram às escuras.

Os fatos importantes que iniciativas como essa ressaltam, são muitos. Posso listar dois que me chamaram a atenção. Primeiro, a grande aceitação da proposta por parte da grande maioria da população, a ponto de mudar a curva do consumo do pais naquele momento, ou seja, das 18 às 19 horas. Segundo, a enorme evolução daquilo que era uma simples chamada à consciência feita por um programa de rádio, chegando em dois anos a ser um evento nacional quase oficial. Prova do quanto o tema ecológico esteja nos corações e mentes. Prova também que nós deste blog estamos no caminho certo, buscando fazer nosso pouco para contribuir. Acredito que ações positivas como essa, possam e devam ser geradas aqui. Mãos à obra.

2/17/2007

Cristo Redentor receberá certificado oficial da votação “Novas 7 Maravilhas do Mundo”


Com o apoio da Prefeitura do Rio, foi apresentada a campanha de incentivo para que os brasileiros votem no Cristo Redentor como uma das Novas 7 Maravilhas do Mundo.
O Corcovado concorre com 20 outros monumentos em todo o planeta, entre eles a Grande Muralha, na China; a Torre Eiffel, na França; Machu Pichu, no Peru; a Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos, e a Ilha de Páscoa, no Chile.
A votação, realizada em parceria com a Unesco, tem como objetivo despertar o interesse mundial por ícones históricos e culturais e sua preservação.
O resultado será divulgado no dia 7 de julho deste ano (07/07/07), em Lisboa. Até lá, quem quiser, pode votar gratuitamente pela internet, nos sites Corcovado ou new 7 wonders .

2/16/2007

Um crime perfeito - II


Esse texto foi divulgado num grupo de discussão sobre educação ambiental que participo.

De antemão, gostaria de dizer que não pude (ainda) verificar as informações nele contidas e sequer a "índole" da autora (está ao final).

De qualquer forma, apresenta fatos bastante verossímeis. Tomei a liberdade de selecionar alguns trechos e os coloquei em negrito. Não pretendo, com a reprodução do texto, ter uma atitude ecoxiita, do tipo "abaixo as grandes corporações", mas apenas colocar questões para "pensar".

No jogo "economia vs meio ambiente" devemos considerar todas as possibilidades, principalmente porque um dos times, mal comparando, é a seleção brasileira... Quase invencível! Segue o texto:


"A gente não quer que um filme de duas horas substitua um rigoroso currículo de ciência. Mas estudantes deveriam esperar, e pais deveriam exigir, que educadores apresentem uma visão honesta e imparcial sobre os verdadeiros desafios de hoje", protestou a produtora do filme e fundadora da StopGlobalWarming.org, Laurie David, num artigo para o "Washington Post", no fim de novembro, depois de oferecer 50 mil DVDs gratuitos do documentário para a Associação Nacional de Professores de Ciências (NSTA, na sigla em inglês) e receber um "obrigado, mas não, obrigado".

Como justificativa para a rejeição da oferta, o diretor executivo da NSTA, Gerald Wheeler, explicou que a associação tem uma política interna que não permite a romoção de qualquer produto ou mensagem de outra organização. Mas Wheeler também não escondeu que promover o filme de Al Gore poderia prejudicar o relacionamento da NSTA com empresas da indústria de petróleo: "É com o dinheiro dos nossos patrocinadores que conseguimos melhorar a educação sobre ciências neste país".

Entre os patrocinadores da NSTA, estão a Exxon Mobil Corporationacusada de tentar maquiar nos últimos anos os efeitos do aquecimento global - e a Shell. Depois da ejeição, Laurie David foi atrás de detalhes sobre as parcerias da NSTA com estas e outras companhias. A produtora logo descobriu que a NSTA chegou a premiar a Exxon por seu comprometimento com a educação de crianças americanas e recebeu US$ 6 milhões da empresa nos últimos dez anos. E a associação não está sozinha nessa: ao todo, a Exxon deu US$ 42 milhões para organizações- chaves que determinam o que as crianças e os adolescentes do país aprendem sobre ciências, desde o jardim de infância até o ensino
médio.

Ao vasculhar o material escolar usado nos Estados Unidos, Laurie encontrou livros, apostilas, vídeos e pôsteres financiados por grandes empresas. Weyerhaeuser e nternational Paper ensinam sobre florestas, Monsanto dá uma aula de engenharia genética e o Instituto de Petróleo Americano (API) financiou um vídeo sobre o uso do
petróleo no dia-a-dia, "You Can't Be Cool Without Fuel" (Sem combustível, você não está com nada), que foi distribuído gratuitamente pela NSTA. Para a surpresa da rodutora, todo este material ignora a questão do aquecimento global.

"Já é ruim o suficiente quando uma companhia tenta vender um lixo de ciência para uma penca de adultos. Mas, como uma companhia de tabaco que usou desenho animado para promover cigarros (fumar charutos era sinal de status e até virou arma de sedução em 'Tom & Jerry'), Exxon Mobil está indo atrás de nossas crianças também", escreveu aurie no "Washington Post", lembrando também que a API deixou claro em 1998, num emorando que vazou para a imprensa, porque considera importante entrar nas salas de aula: "Informar professores e estudantes sobre incertezas nas ciências climáticas irá evitar novos esforços para impor medidas como as de Kyoto no futuro".

Além de apresentar sua versão no "Washington Post", Laurie conseguiu atrair a atenção de outros grandes jornais, revistas e sites para a polêmica. Depois do burburinho, a NSTA tentou se redimir, dizendo que já havia citado o documentário num material sobre aquecimento global enviado aos seus professores-membros e sugeriu que Laurie comprasse a mailing list da associação, que tem 57 mil pessoas. Cada mil nomes custam US$ 130, mas Laurie nem considerou a oferta, teve uma idéia melhor: oferecer milhares de DVDs diretamente aos professores americanos através do site da produtora do filme,
Participant Productions, que também disponibilizou três tipos de roteiros de aulas para serem seguidos após a apresentação. Outros mil foram distribuídos entre alunos de faculdades do país que participaram do movimento Truth on Campus, no início deste
fevereiro. Mas novos obstáculos não demoraram para aparecer.

Alguns dos professores que exibiram o DVD na sala de aula foram bombardeados por reclamações de pais de alunos e diretores de escolas. Para os republicanos, o fato de o filme ter o vice- presidente de Bill Clinton à frente o torna político - e emocrata - demais. Um pai de aluno reclamou que o documentário tem muito Al Gore e nenhum cientista.Para os céticos, há exageros: "Estamos vivendo uma histeria sobre aquecimento global que pode assustar nossas crianças". Para os evangélicos, é pouco religioso: "O aquecimento global é apenas um sinal de Deus. A Bíblia diz que no fim dos tempos a Terra vai pegar fogo, e essa perspectiva deveria estar no filme", disse outro pai também ao Washington Post, mostrando que a religião voltou a medir forças com a ciência, como na questão da evolução humana, discutida intensamente nos últimos
anos.

O caso mais notório aconteceu no distrito de Federal Way (Washington), que fica perto de Seattle, em janeiro. O conselho das escolas públicas locais concordou por nanimidade com os pais reclamões e proibiu que o documentário seja apresentado em salas de aula, "a menos que uma versão oposta, aprovada pelo superintendente, seja apresentada também". "Não existe versão oposta para fatos científicos", disse Laurie David para os jornais locais.

Mas a equipe de "An Inconvenient Truth" não desistiu. Ao lado da escritora e ativista Cambria Gordon, Laurie vai lançar ainda este ano uma versão infantil do livro "Uma Verdade Inconveniente: o que Devemos Saber (e Fazer) Sobre o Aquecimento Global", base do documentário e a venda no Brasil. Direcionado para crianças de 8 anos ou mais, "The Down-to-Earth Guide to Global Warming" será publicado com papel reciclado e tinta de soja. Laurie também está divulgando um passo a passo anti-aquecimento global para estudantes no site da StopGlobalWarming.com.

No melhor estilo boca a boca, Al Gore tem feito uma campanha através de e-mails e de seu site em que incentiva os americanos a fazerem festas em suas casas para mostrar o documentário aos vizinhos e discutir maneiras individuais de combater o aquecimento global. "Dê uma festa ou não deixe de ir à festa do seu vizinho", pediu ele, que também tem promovido workshops de três dias para recrutar voluntários pelo país e pelo mundo. O Climate Project treina milhares de pessoas de diversas faixas etárias e profissões – até a atriz Cameron Diaz participou - para levar a mensagem do filme e
tentar mudar o estilo de vida de suas comunidades. Os chamados "climate change messengers" precisam fazer pelo menos dez palestras por ano. No mês passado, foram recrutados voluntários em Nashville, Tennessee, e Sydney, na Austrália.

Apesar da força do time do contra, a luz verde no fim do túnel já começa a aparecer: Al Gore conseguiu que todas as escolas do ensino médio na Suécia e na Noruega ecebessem cópias do DVD e manuais de ensino para discutir o aquecimento global em sala de aula. O mesmo acontecerá em breve com as britânicas e escocesas. "Decidimos
distribuir o filme com um pacote informativo (para 3.385 escolas) porque acreditamos que todo mundo tem um papel importante na luta contra o aquecimento global e nossos jovens têm que entender isso", disse o ministro do meio ambiente do Reino Unido, David Miliband, ao anunciar a novidade, no início de fevereiro.

Até algumas igrejas já aderiram à campanha do ex-vice-presidente. Como as da rganização Green Faith, de Nova Jérsei, que estão promovendo o uso de bicicleta entre seus fiéis para irem à missa, oferecendo sessões gratuitas do filme de Al Gore e nstalando painéis de energia solar. No site, o grupo avisa: "Os porta-vozes da GreenFaith estão disponíveis para ensinar os valores espirituais comuns a muitas tradições da fé e o maior deles é o nosso comprometimento com a proteção do meio ambiente". Amém.(OECO)

Adriana Maximiliano, jornalista brasileira freelancer em Washington, EUA.

2/15/2007

Convite à leitura

Quero deixar algumas indicações de livros para aqueles que gostariam de ampliar os conhecimentos acerca desses temas tão importantes na atualidade: ecologia e ambientalismo. Na próxima quinta-feira acrescentarei mais seis livros à lista.

A primeira obra é um livro curto e de fácil leitura chamado O Desafio Ambiental, da editora Record, escrito pelo geógrafo Carlos Walter Porto-Gonçalves, um do maiores especialistas no assunto. Por meio de uma linguagem direta e instigante o autor constrói seu raciocínio alternando hipóteses e fatos recentes para provocar o exercício da reflexão no leitor.

Do mesmo autor, só que mais denso, a sugestão seguinte é A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização, da editora Civilização Brasileira. Nele, o geógrafo vai além do desafio ambiental e procura estabelecer as bases econômicas, culturais, políticas e sociais que nos levaram ao atual estágio da relação homem – natureza.

Água, da editora Bertrand Brasil, escrito por um time de especialistas franceses encabeçados por Michael Camdessus, analisa o atual quadro da distribuição e aproveitamento deste recurso fundamental. Entre outras argumentações, o livro aponta a situação calamitosa de 1 bilhão de pessoas que não possuem sequer acesso à água e discute alternativas para a resolução dessa crise mundial.

Educação Ambiental – Princípios e Práticas, de Genebaldo Freire Dias, da editora Gaia, talvez seja o livro mais importante já publicado no Brasil sobre o tema. Entre ações educativas formais e informais o autor expõe sua visão sobre o ambientalismo e quais caminhos podemos seguir para a promoção de uma educação ambiental efetiva. Obra essencial para quem se interessa pelo tema.

Por fim, dois livros que sintetizam a célebre hipótese de Gaia, de James Lovelock. O primeiro é Nossa Vida Como Gaia – práticas para reconectarmos nossas vidas e nosso futuro, editora Gaia, escrito por Joanna R. Macy, propõe uma análise das relações humanas entre seus semelhantes e com a planeta Terra. Noções como coexistência e co-habitação permeiam a obra. O segundo livro, de autoria do próprio James Lovelock, é A Vingança de Gaia, da editora Intrínseca. Este é o principal alerta para a humanidade sobre o que ainda podemos fazer e sobre os possíveis resultados de nossa omissão. Leitura obrigatória para refletirmos sobre a fragilidade do homem.

2/14/2007

O ar condicionado

Quando postei minhas atitudes ecoconscientes, citei o fato de não usar ar condicionado nem ventilador. Essa opção pessoal reflete em economia de energia e, conseqüentemente contribuição com o esforço de ajudar nosso planeta, fazendo assim a minha parte. Um amigo querido, o Valter, sentindo-se "boicotado", pois trabalha com ar condicionado, comentou:

"... sempre trabalhei na área do ar condicionado. Como não estudei muito, cheguei só a ser supervisor de obras e depois abrí minha própria empresa de instalação e manutenção de ar condicionado. Mas tenho amigos que estudaram muito mais, formaram-se engenheiros, fizeram pós-graduação e são especialistas no assunto. Se todos seguirem teu exemplo, onde esses profissionais trabalharão?”

Pensei: ” será que propus um boicote aos aparelhos de ar condicionado?” É claro que não, mas precisamos nos conscientizar das conseqüências do mau uso desse e de outros aparelhos para o meio ambiente. O buraco da camada de ozônio é uma das piores respostas da natureza às agressões do homem. Ele se deve à liberação de gases do efeito estufa na atmosfera. Dentre esses compostos químicos, figura o clorofluorcarbono ou CFC, que pode ser utilizado em aparelhos de ar-condicionado, embalagens de inseticidas, tintas, cosméticos e produtos de limpeza.
Não propus um boicote ao ar condicionado, mas a diminuição do consumo de energia, mesmo porque a tendência, com o aumento da temperatura, será de as pessoas usarem cada vez mais esse aparelho. O que precisa é se procurar a tecnologia menos agressiva ao meio ambiente para os mesmos. E usá-los com critério. Recebi, então, algumas informações do homem do ar condicionado ( o Valter) que , com a permissão dele, repasso pra todos vocês:

Sem polemizar muito, estava só querendo aumentar a discussão que realmente é séria. Veja, às vezes faltam informações às pessoas: com referência ao ar condicionado dar alergia, secura no nariz, você pode utilizar um truque, deixando sempre um recipiente com água no aposento. Pode ser um vaso, um aquário, por exemplo, que reumidifica o ambiente.

Para aquelas pessoas que deixam o ar ligado, para manter o ambiente fresquinho, basta ligar o aparelho na potência máxima por quinze minutos, depois abaixar para a média(com o aposento fechado, claro)por mais quinze. Desliga-se e mantém fechado. Quando for dormir o quarto estará refrigerado e poderá usar apenas a ventilação do aparelho(muito mais econômico).

Ah! e o ar condicionado tem seu lado positivo: ele filtra as impurezas do ar que respiramos, o que causaria alergias, rinites e outras patologias. Querida, prometo não tumultuar mais teu ambiente e respeitar o assunto que, como disse, é realmente sério."

Sobre o ar condicionado

Este assunto me levou a pensar no caso do ar condicionado: qual sua influência no meio ambiente e como usá-lo de forma ecoconsciente. Encontrei neste site um sistema auto-sustentável que promete recuperar 50% da energia elétrica consumida na climatização de ambientes. Trata-se de uma câmara de condensação à água, que, quando integrada na carcaça de um compressor hermético, torna um sistema de ar condicionado convencional num instrumento adequado para promover o seqüestro de energia convertida em calor .


Segundo ele, a energia de funcionamento de qualquer ar condicionado é dissipada na atmosfera somando-se ao aquecimento global, mas, nesse sistema, a energia consumida pelo condicionador de ar é transferida na forma de calor para a água de consumo doméstico e conduzida pré-aquecida para uma cisterna para uso posterior em banhos ou outras aplicações.
De acordo com o inventor, faltam ainda uns ajustes na distribuição hidráulica dos prédios, mas o sistema já pode ser fornecido em pequenas unidades (7000 btu) para hotéis e hospitais.



Outras dicas


  • Desligue o ar condicionado se a sala estiver desocupada.
  • Mantenha a temperatura ambiente em 24ºC.
  • Regule o termostato. O frio máximo usado por muito tempo danifica o aparelho e nem sempre é a condição mais confortável.
  • Mantenha portas e janelas fechadas e elimine as frestas. Frestas e janelas abertas fazem com que o aparelho de ar-condicionado tente refrigerar o ambiente externo também. Isso faz com que o compressor do aparelho tenha que funcionar por mais tempo, consumindo mais energia e com barulho mais intermitente.
  • Não esqueça a manutenção do ar condicionado. A falta de manutenção no sistema pode aumentar o consumo de energia e gerar gastos elevados.
  • Certifique-se de que a limpeza dos filtros é feita regularmente: filtros limpos , não só evitam o desperdício de energia, como também melhoram a qualidade do ar. Além de consumir menos energia, um sistema de climatização com boa manutenção dura mais.

Sabendo usar, não vai faltar

Economizar garante dinheiro no bolso e energia para todos no futuro. O primeiro passo para dizer não ao desperdício é escolher aparelhos elétricos, incluindo os condicionadores de ar, que consomem menos energia. Para tanto, o consumidor deve prestar atenção aos rótulos dos produtos. Há dois tipos de identificação que podem ajudar: a etiqueta do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o selo Procel, criado em 1994 com objetivo de incentivar a fabricação de equipamentos mais competitivos.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, foi lançado em setembro de 2003 com o intuito de eliminar do país todos os CFCs até 2008. Vale lembrar, ainda, que em 1999, o governo brasileiro proibiu a produção de equipamentos com tal gás, e as indústrias o substituíram por substâncias que não prejudicam a Camada de Ozônio.

Portanto, olho vivo na hora de adquirir seu condicionador de ar!
Não precisa boicotar, basta usar com critério!

Fontes: Aqui. , Aqui e Aqui

Política e Ecologia

Na semana passada o ministro do desenvolvimento italiano, Pierluigi Bersani, anunciou haver um projeto sobre energia alternativa, que ainda não foi apresentado ao congresso. Trata-se da redução de 55% no imposto de renda às pessoas que adotarem o uso de energia alternativa nas próprias casas. Quem instalar painéis solares, por exemplo, terá um duplo incentivo fiscal. O primeiro incentivo, já existente, permite abater o custo de instalação dos equipamentos nos impostos dos anos sucessivos. Com a criação de um segundo incentivo o cidadão italiano ecologicamente responsável passa a ser premiado financeiramente.

O que deveria ser uma boa notícia perde o brilho quando se nota que a questão ambiental é somente uma moeda de troca, algo para barganhar o apoio de outros políticos. Não chega a ser uma novidade, numa época em que o governo dos Estados Unidos resolve brincar de gato e rato com os tratados sobre a redução de emissão de gases do efeito estufa, mas não deixa de chocar.

Os avanços realmente significativos resultam das iniciativas de prefeituras ou regiões, sobretudo no norte da Itália, que também registra uma maior incidência de movimentos ecológicos (educar é formar?). A província de Bolzano foi a primeira a obrigar à certificação energética, classificando cada residência em função da emissão de gases e da economia de energia, formando uma tabela bem distinta. As residências classificadas na parte alta da tabela gozam de descontos em impostos e taxas e obtêm maiores incentivos na aquisição de novos equipamentos. A cidade de Trento tem o maior percentual de painéis solares, com mais de 10 metros quadrados para cada mil habitante. Se considerarmos que as residências geram 1/3 da emissão dos gases que causam o efeito estufa, pode-se imaginar o impacto que provoca a substituição dos velhos equipamentos para aquecimento das casas e da água; a aquisição de eletrodomésticos de baixo impacto ambiental e baixo consumo; a obrigatoriedade de não superar os 19 ºC em escritórios durante o inverno e de manter o ar-condicionado em 25 ºC no verão; evitar o uso indiscriminado do transporte privado; não usar água acima dos 40 ºC para lavar roupas (na Europa todos usam máquinas de lavar que podem atingir 90 ºC de temperatura da água), e de se consumir alimentos de estação produzidos localmente ou nas proximidades. Todas essas ações tem um custo que os administradores locais estão tentando reduzir ou ressarcir. Mas o esforço vale a pena. A prefeitura de Bolzano levantou em um estudo que uma casa normal consome, em média, 200 kW/h por metro quadrado, enquanto um casa dentro dos critérios ecológicos consome apenas 15 kW/h.

Gianni Silvestrini, assessor para assuntos de energia do ministro Bersani, revelou que o objetivo fixado pelo protocolo de Kyoto era reduzir, até 2010, a emissão de monóxido de carbono em 6,5%, em relação aos níveis existentes em 1990. Ao contrário do que se esperava – e parece que esperavam de braços cruzados – a emissão aumentou em 13% desde 1990, segundo Silvestrini. Sozinhas as prefeituras estão fazendo muito, mas as chances de que objetivo seja cumprido ficam cada vez menores.

Espero muito estar enganado, mas tenho a impressão de que é o medo de fazer feio diante da comunidade internacional o que tem incentivado essa nova postura do governo.

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A Ana Roberta convida para uma visita ao site da AVAAZ que está promovendo um abaixo assinado em defesa de medidas eficazes contra o aquecimento global.


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